Siëlaurtha!
Depois de um longo tempo sem nenhum post, e, cumprindo promessas, o capítulo VI!
- Resuminho do capítulo: Dan finalmente descobre o segredo do livro. Leia e descubra! (É lógico que eu não vou falar...)
Capítulo VI ~
Chegando em casa, Dan correu para o quarto. Sobre a cama estava o tão requisitado presente. Dan sentou-se na cama, e o pegou.
“Ele queria que eu descobrisse o segredo desse livro... e eu o farei!", pensou determinado.
O garoto passou as mãos sobre o único selo vermelho que prendia o livro. De repente, as últimas palavras de JP ecoaram em sua cabeça, assim como a lembrança do sorriso leve do garoto. Uma única lágrima caiu sobre o selo, e ele derreteu. Daniel abriu o livro, e folheou as páginas. Algo chamou a atenção dele: As antigas e amareladas páginas de pergaminho estavam brancas!
“O quê eu vou fazer, já que o livro está branco? Desculpe, JP...”, pensou Dan, decepcionado.
O garoto correu para a cozinha, pegou alguns objetos e correu de volta para o quarto. Depois, sacou uma lanterna da gaveta debaixo da mesa. “Se estiver invisível, eu vou descobrir!”, pensou.
Então ele começou as tentativas de descobrir se o branco das páginas era falso. Ele tentou usar fogo, sabendo que a tinta feita de limão se revelava ao calor. Sem sucesso, ele passou para a técnica do pó – se algo estivesse escrito com cera, se mostraria. Novamente, não conseguindo, ele apelou para a lanterna de luz negra, mas novamente falhou.
– Droga de livro! – Gritou ele, impaciente, jogando o livro sobre a cama.
De repente, um vento forte entrou pela janela aberta, e passou por ele, fazendo-o tremer. O livro passou as suas finas e amareladas páginas rapidamente, com o sopro do vento. Sem perceber, o livro agora se encontrava na contracapa, que era uma bela página do livro decorada com bordas bem desenhadas, no fim. Ela era a única parte do livro que havia algo escrito, e no centro dela, algo como um misterioso poema estava escrito em belos e bem feitos caracteres azulados.
Sobre as palavras desconhecidas,
Escritas em forma de sabedoria
De três reinos contidas
Memórias esquecidas se tornaram
E sacrificadas e perdidas um dia foram
O espírito se encontra vazio...
Dan franziu a testa. “Que droga de poeminha estranho... Talvez, será algum tipo de anagrama, ou algo parecido?”, pensou. O garoto sacou uma folha de papel junto com uma caneta, e começou a trocar a sequência das palavras do poema, tentando formar possíveis palavras alternativas. Minutos depois, já cansado de rearranjar as palavras, ele desistiu. Então, uma idéia mirabolante veio a sua cabeça. “O que acontece se eu fizer isso?”, pensou. Ele virou o livro de cabeça para baixo. O livro de ponta-cabeça mostrava agora algo que chamava a atenção: A grafia de algumas palavras mudou, enquanto outras se juntaram em versos, formando um outro poema.
– Um ambigrama! – Gritou ele, ainda analizando o resultado da descoberta. – Mas esse é... é diferente...
Ó nobre alma escolhida
Que aos selos rompeu
Torne-se o novo cavaleiro
E traga a este velho grimório
Sua esquecida sabedoria...
Ex Libris:
O garoto sorriu largamente. “Seria esse o quebra-cabeça que JP quisesse que eu desvendasse?”, hesitou ele. “ Um quebra-cabeça dentro do outro...”.
Dan parou e analizou o poema novamente. “Se isso é um Ex Libris, a resposta é óbvia!”. Ele pegou a caneta, e completou o que faltava. “Mas que tipo de quebra-cabeça tem um Ex Libris no final?! Isso soa bem estranho...”
Ex Libris: Daniel.
– Talvez isso resolva o problema.
Após escrever o nome no livro, a bela grafia do garoto brilhou. “Então, esse é o mistério. Uma droga de Ex Libris”. Dan suspirou.
– Afinal, em quê isso ajudou? O livro ainda tá branco! Livro IDIOTA! – Disse o garoto, impaciente. Ele levantou-se da cama, e jogou o livro sobre ela. As páginas dele automaticamente passaram, parando no exato início do volume. Linhas negras começaram a se desenhar, como se estivessem sendo feitas por penas invisíveis. Três círculos, interligados se formaram, mostrando algo como um mapa.
Dan assustou-se. Ele chegou mais perto do livro e analisou os desenhos. Ele tocou-os bem no centro, e as linhas brilharam com um forte azul. Um vento forte entrou pela janela do quarto, e novamente as páginas começaram a passar, sozinhas. O livro brilhou, e foi tomado pela escuridão. O garoto perdeu o chão, e começou a cair num vazio sem fim.
Em um lugar longíquo, em outra dimensão ou mundo talvez, alguém parecia estar com problemas. O lugar era um misterioso deserto, onde o vento soprava sem rumo, levando a areia alaranjada do lugar. No meio da tespestade, um homem, vestido com uma longa túnica púrpura, com o rosto ocultado sobre um turbante da mesma cor que apenas revelava seus olhos, andava sem preocupação. Ele parou, e analizou o lugar, parecia procurar por algo ou alguém entre as areias. Para a surpresa dele, com um simples brilho no ar, três armaduras prateadas se materializaram do nada. Eles deram um passo para frente, fazendo as botas ecoarem um barulho metálico, e cercaram o homem, deixando sem maneiras de escapar.
– Em nome da Lei, ordeno que se renda agora! – Disse um dos homens armadurados, com a voz grave abafada pelo elmo. – Está preso por transitar em área proibida!
O homem do turbante observou os três guardas com um olhar desafiador. Confiante, ele levantou a mão direita para o céu ensolarado do deserto.
– Mërus. – Disse ele.
– Pare! – Interrompeu uma das armaduras. – Você está infligindo outra lei!
– Pare você de falar de leis e detenha-o, tolo! – Respondeu a segunda armadura.
Enquanto os outros dois homens discutiam, o terceiro sacou um pedaço de papel e lançou-o no braço erguido do homem do turbante. No instante seguinte, o homem gritou e rodopiou no ar, deixando apenas uma fumaça azul. Os guardas se entreolharam.
– Eu o amaldiçoei com um selo. – Disse o terceiro, sério. – Mesmo se teleportando, ele não irá muito longe.
Para a surpresa dos guardas, um garoto caiu do céu, exatamente onde o homem misterioso estava encurralado. O garoto caiu sentado entre os guardas, e uma mochila e um livro caíram bem na cabeça dele.
Era Daniel.
O garoto passou a mão pelos cabelos desajeitados, onde o pesado livro caíra sobre sua cabeça. Juntando suas coisas que estavam no chão, ele reparou nos pés prateados das armaduras, e acompanhou o resto dos corpos que o cercavam, e percebeu que todos eles o olhavam. O primeiro sacou uma bela espada da cintura, e a apontou para Dan. O desespero agora subia pela cabeça do garoto. Ele olhou para a espada em seu pescoço e arregalou os olhos. “Socorro! Preciso de ajuda!”, pensou ele, aflito. Ele tinha todos os motivos para o nervosismo, afinal, foi apenas receber um estranho livro selado, e escrever seu nome nele, que recebera um passaporte para um lugar desconhecido."Nunca mais chamo um livro de idiota ou coisa parecida...", disse ele a si mesmo, tentando conter o desespero.
– Em nome da lei, pare, ó forasteiro! Você está preso por teletransporte inautorizado e inflição de lei! – O guarda disse, com sua voz abafada. – Levante-se, e deixe seus pertences no chão.
Dan levantou-se, com as mãos para o alto. A espada continuava em seu pecoço, ameaçando-o. Ele não tinha para onde escapar. Estava com algo que poderia tirar sua vida estava apontado para ele, e ainda, acabara de ser preso por algum tipo de lei que nunca ouvira em sua vida.
“O quê eu posso fazer agora!? É o fim!”, pensou o Dan, nervoso. “Sou novo demais para ser preso! E por um maldito crime que eu não sei o quê é, e ainda por cima, que não cometi! Eu quero meu advogado!”
Os outros dois guardas sacaram suas espadas. Os três as colocaram em forma de triângulo em volta do garoto, fazendo-o suar frio. Um círculo azul se desenhou na areia sob ele.
– Juízes, para a Prisão Eterna! – Exclamou um dos guardas.
“Prisão!? É realmente o meu fim!”, exclamou Dan em pensamento.
Desfazendo o triângulo de espadas, os Juízes levantaram as levantaram para o alto, rapidamente. O círculo brilhou. Antes que algo acontecesse, a atenção deles foi cortada.
– Em nome do Rei, orderno que parem, Juízes!
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3 comentários:
Traduçõezinhas: Ex Libris é uma palavra do latim, que significa algo parecido com "Livro de:", que a pessoa que escreve o nome é a dona do livro.
Anagrama: Palavras que, trocando a ordem das letras, formam outras palavras.
Ambigrama: Palavras que, de ponta-cabeça, formam a mesma palavra. No caso do livro da estória, as palavras do poema formam um outro. (P.S: Nem adianta tentar virar o poema igual o Dan fez, OK?)
Espero que gostem, esse é um dos meus capítulos preferidos (e mais demorados de fazer... xD).
See ya! (Beijomeliga pros íntimos.)
muitoo booom...
demoro mais saiu neeh?
qureeemooos maiiis =D
bjooo
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