Como o prometido, aqui está!
- Resuminho do capítulo: Nesse terceiro capítulo, Dan passa a noite no hospital, e um misterioso sonho o atormenta. E para aumentar a situação, o garoto tem que ajudar um velho que estava a beira da morte...
Capítulo III ~
“Observação?! Esse médico é louco!?”, pensou Dan. “E a minha mãe ainda concordou?!”
– Você ainda tem que fazer alguns exames. A sua dor de cabeça repentina é algo que me preocupa. – Respondeu o médico.
Dan olhou em volta. Procurava a sua mochila, já que iria passar a noite no lugar.
– Doutor, pelo menos eu posso saber onde está a minha mochila? – Perguntou ele.
– Irei pedir para que a enfermeira traga, OK?
O médico saiu do quarto. Minutos depois, a enfermeira voltava com uma mochila jeans preta, junto com uma bandeja.
– Sua mochila, e o seu jantar. – A enfermeira colocou a mochila no chão, e puxou, do lado da cama, a mesa auxiliar. Sob ela, colocou um prato fundo, com um líquido estranho, esverdeado.
– Eu mandei fazer para você. – Disse ela, com um sorriso idiota em seu rosto. – É de ervilha. Quando eu voltar, quero ver essa tigela vazia, tudo bem? Aproveite.
Ela deixou Dan comer a sopa sozinho. Ele pegou a colher ao lado da comida, e a encheu com a sopa estranha. Lentamente, ele a levou a boca. “Eu queria saber o quê essa enfermeira tem de errado. Ela me dá medo...”, pensou ele. Quando o ele sentiu o sabor estranho da sopa, ele a cuspiu imediatamente. “Isso tá nojento! Concordo em dizer que a comida do hospital é uma droga!”. Ele pegou a sopa e correu até a janela, despejando-a para fora. Depois, pegou a mochila, e dela, sacou uma bela barra de chocolate. “Talvez seja por isso que eu agradeça que hoje é meu aniverário. Esse presente, realmente, veio a calhar”, pensou ele, sorrindo, e em seguida dando uma grande mordida no chocolate.
Minutos depois, ele já havia devorado a barra por inteiro. Chocolate era um dos vícios de Daniel. Agora ele se sentia satisfeito, mas o tédio o atacava agora. Quebrando o silêncio, o celular dele tocava em um dos bolsos da mochila. Era sua mãe.
– Filho! Você está bem? Estava tão preocupada! – Então ela começara a chorar.
– Eu estou bem, mãe. – Respondeu o garoto. – Ah... E não chora, por favor.
– Quando eu apareci aí, você estava dormindo igual pedra, e o médico me disse que você deveria ficar em repouso... Então eu achei que era o certo a ser feito e...
– Você me deixou aqui. – Completou Dan. – Agora tenho que aguentar uma comida horrível e uma enfermeira maluca.
Dan suspirou fundo. A mãe riu.
– Mas pela manhã eu te buscarei, tudo bem?
O garoto responderia a mãe, mas foi interrompido pela visão da enfermeira na porta. Ela o olhava com um olhar condenador.
– Mãe, eu acho que eu tenho que desligar, OK? Err... Até amanhã.
A enfermeira olhou para Dan e deu o sorriso idiota novamente. Ela recolheu a bandeja com a tigela, e levou-a. Para matar o tédio, o garoto agora pegava em sua mochila um cubo colorido, com as cores bagunçadas. Aquele um outro vício de Daniel: Quebra-cabeças. Ele ficou minutos rodando o cubo, e quando apenas uma peça faltava para o completar, a enfermeira apareçeu novamente.
– Creio que seja hora de dormir, garoto.
Ela apontou para o relógio. Eram dez horas da noite. Dan bufou, com raiva, e guardou o cubo quase completo na mochila. Ele deitou-se e se ajeitou no travesseiro. A enfermeira o cobriu, e ele virou para o lado, fazendo uma cara feia. Ela fechou a janela, e deu uma última olhada no velho que dormia afastado. Depois seguiu até a porta, e a fechou. As luzes do corredor foram apagadas, assim como as do quarto.
“Esse lugar me dá medo”, pensou o garoto. Esse foi o último pensamento de Dan, antes de dormir. O sono veio sorrateiro, deixando, de pouco a pouco, a mente do garoto escura e limpa.
Dan virava de um lado para o outro na cama. Estava tendo, dessa vez, um estranho sonho, diferente dos pesadelos que havia tendo semanas atrás. Neste, ele e JP estavam num belo campo verde, com o céu azul sob suas cabeças. O amigo estava sentado na sua frente, e o sorriso dele pairava no rosto. No colo de JP, se encontrava um livro, de aparência antiga, selado com belos selos vermelhos de cera. Ele ergueu o livro, e o entregou a Dan. “Tome conta dele, Dan. Eu já não posso mais fazer isso”, disse o amigo. “Não fale assim, JP. Veja só você, está melhor que nunca!”, respondeu Dan. O amigo levantou-se. “Talvez essas sejam as minhas últimas palavras a você... Cumpra o meu desejo, por favor...”. Daniel olhou para ele com repreensão. A resposta de JP foi um belo sorriso. “Adeus, meu amigo...”, disse JP. Ele levantou-se, e com um aceno, se transformou em uma luz, e logo desapareçeu como fumaça.
– JP! – Gritou Dan, levantando rapidamente, assustado.
Dan passou a mão na testa, e viu que estava todo suado. Ele olhou para o relógio que estava ao lado da cama, e viu que eram três da manhã. Olhando para o resto do quarto, viu que a janela batia por causa de um vento forte. Um arrepio fez que Dan tremesse. A lua entrava pela janela, colorindo o quarto com sua bela cor prata. O garoto virou-se, e tentou voltar a dormir. A única coisa que passava por sua cabeça agora era o sorriso de JP no sonho. Minutos depois, o sono voltava, mas Dan foi acordado com as palavras estranhas do velho que dormia perto da janela. O garoto disfarçou que ainda dormia e começou a prestar atenção no que o velho dizia.
Ele, que dormia desde que o garoto chegara no hospital; agora ele havia acordado, e falava coisas sem sentido, como se falasse em outra língua. Dan, assustado com as palavras e um pouco preocupado com o velho, levantou-se e sentou-se na cama, tentando entender o que o velho dizia.
“Siltëh an drürh lehe, ëye téha slthír!Ekta undûr!”, murmurava o velho, repetindo várias vezes. Até que ele começou a gaguejar uma palavra, que ele tentava pronunciar. “A...Aj...Ajuda...”
Dessa vez, Dan entendeu perfeitamente o quê o homem queria dizer.
– O senhor está bem? – Perguntou Dan, levantando da cama.
O garoto andou até a cama do homem, e viu que ele se contorcia, parecendo que sentia muita dor. Os desarrumados cabelos prateados do velho se encontravam todos suados, e o simples rosto dele exprimia uma triste expressão.
O velho levantava as mãos, e parecia não ter movimento nos dedos. Ele fazia força com o braço esquerdo, tentando auxiliar o direito a se levantar.
– Aju...ajuda. – Murmurou ele.
Dan pegou de leve o braço direito do velho. No pulso, havia algo como um adesivo colado fortemente. Era um círculo negro, que reagindo ao toque do garoto, se tornou vermelho-sangue. O homem urrou.
– Fica calmo! – Disse o garoto. – Eu vou tirar isso de você, se está te fazendo mal.
“Como as pessoas mais velhas estão tentando se atualizar, huh? Mas que tipo de tatuagem é aquela!?”, brincou o garoto. Ele voltou até perto de sua cama, e pegou uma garrafa com água, e retornou para perto da cama do velho. O garoto derramou um pouco do conteúdo da garrafa no braço do homem, fazendo o símbolo se tornar negro novamente. “O papel deve estar mais fraco, agora.”, pensou o garoto. “Mas que tipo de papel com um desenho faz uma pessoa sentir tanta dor!?”. Com um movimento rápido, Dan tirou o papel do pulso do velho. Ele soltou um grito abafado, e então, desfaleçeu.
Ainda assustado, o garoto saiu correndo em direção a porta, e viu que ela se encontrava encostada. Ele abriu-a, e saiu no grande corredor, que agora se encontrava em total escuridão. “Eu não posso deixar aquele senhor sozinho no quarto! Deve ter algum jeito de chamar a enfermeira do quarto...”, pensou o garoto, voltando ao lugar de onde havia saído. O velho continuava sem dizer nenhuma palavra, nem fazia nenhum movimento. Dan voltou para perto da cama em que ele dormia, e começou a procurar algo que poderia chamar algum enfemeiro ou médico. Um pequeno interruptor que brilhava no escuro chamava a atenção do garoto. “Espero que seja esse”, pensou ele.
Dan levantou da cama, e correu em direção a do senhor que dormia perto da janela. O homem continuava do mesmo jeito, apesar da diminuta respiração. Dan colocou dois dedos no pescoço do velho, e percebeu que ele estava frio. “É melhor que eu tenha apertado o botão certo, afinal, ele parece estar... estar morrendo...”, pensou, cobrindo o velho.
quinta-feira, 18 de dezembro de 2008
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3 comentários:
Nota para o elementárico:
Siltëh an drürh lehe, ëye téha slthír!Ekta undûr!
A tradução é: Ouça minha súplica, ó poderes antigos! Retirem a maldição!
;D
Faz uma dicionário da língua elemetal!!!!kkkk!
não seria uma má ideia um dicionário, afinal vc nao deve ter decorado todas as palavras nao é? e tbm seria um coisa bem original sem contar q envolveria mais os leitores... ;]
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